domingo, 18 de janeiro de 2009

Em questão a música popular gaúcha


Este artigo foi publicado no Jornal O Imigrante, de São Leopoldo. É uma visão madura e convida os leitores para que façam uma análise e revejam os conceitos da palavra POPULAR. É o começo de um grande debate quanto a música popular gaúcha e brasileira.


Há muitos anos tenho lido, ouvido e visto nos mais diversos veículos de informação seja por famosos ou anônimos comentários ou anúncios contendo o termo Música Popular Gaúcha e nunca me conformei. Em razão disso resolvi produzir este espaço para que aqueles que compactuem deste mesmo pensamento opinem e inclusive colaborem com mais dados para que possamos reforçar e esclarecer o que realmente é musica popular gaúcha. Em estudos e pesquisas preliminares cheguei a primeira conclusão. Em muitos casos a morfologia e origem das palavras não são levadas em consideração e os movimentos e fenômenos sociais acabam recebendo pseudônimos e não verdadeiramente termos que os definam claramente. E conseqüentemente desviam de seus focos.
Diante das definições descritas por Aurélio em seu dicionário devemos focar a nossa volta o que verdadeiramente é o som agradável aos ouvidos e simpático ao povo. Considerando estas prerrogativas da definição de musica popular chamou-nos atenção de o que é descrito como música popular muitas vezes agrada aos ouvidos sim mas somente de uma elite, seja financeira ou intelectual. Nada democrático por não permitir o acesso dos menos favorecidos em virtude de uma visão cultural ou deficiência financeira. Tenho notado que o estilo musical que mais movimenta e atrai as massas é o nosso conhecido Bailão. Um mercado que já movimenta cifras milionárias. Mas que a mídia não tem reconhecido por entender bréga. Chama atenção também por não ser um modismo e nem tampouco sazonal.
De agora em diante estudaremos mais ao fundo este assunto, origem, mercado, quem são os astros desta verdadeira música popular gaúcha. Temos o dever como bons gaúchos de informar ao Brasil o que a nossa mídia não tem valorizado!!! Se você pensa como nós deixe seu comentários!!! Se discorda, contribua também, pois temos a convicção de que a unidade é burra, e sem o confronto das idéias não há esclarecimentos e nem crescimento!!

Vladimir Paz músico e compositor. E-mail p/ contato vladimirpaz@hotmail.com

A PEDIDO DE UMA AMIGA MUSICISTA

Bom dia, meu amigo Gustavo Ortácio, talentoso músico, enviou uma notícia que julgo ser de grande valor para os companheiros músicos que tocam na noite, tanto em bares quanto em clubes. Segue o texto:


A pedido de uma amiga musicista, repasso:



Caros colegas,

Outro dia estava tocando em um bar, e apareceram fiscais da OMB, exigindo do dono do bar um contrato de trabalho que deveria ser retirado na ordem. A partir daí fui verificar a legalidade desse procedimento, porque além de constranger o dono do estabelecimento, ainda fizeram um verdadeiro circo, chamaram a policia e prejudicaram nosso trabalho. O interessante é que esse tal contrato que eles estavam pedindo era um fornecido pela ordem, mas que eles só autorizam se o pagamento das anuidades estiver em dia (o que nós sabemos que eles não podem mais exigir). Então procurei o minstério do trabalho e fui informada que não só eles não têm competência para fazer uma autuação dessas como ainda estão fora da lei, podendo ser alvo de denuncia séria, pois cometeram crime de usurpação de direito de fiscalização. Somente o ministério do trabalho pode fazer tal fiscalização.
Inclusive fui informada pelo próprio ministério que, no caso de nós músicos, o que se faz é um contrato de prestação de serviço, que pode ser particular entre o dono da casa e o músico, e que isso não é alvo de fiscalização.
Eu pretendo denunciar esse fato ao ministério público (fui informada que é assim que se procede), e gostaria de dizer que se todos nós denunciássemos atitudes autoritárias como essa e pedíssemos inclusive indenização (pois afinal eles estão prejudicando nosso trabalho), conseguiríamos nos livrar desse órgão que tanto nos tem prejudicado e, quem sabe, fazer futuramente alguma entidade que realmente defenda nossos direitos.
Peço a vocês que repassem este e-mail a todos músicos conhecidos, e deixo aqui também minha repulsa por pessoas que tem feito denúncias contra nós. Cada vez que acontece um incidente desses, provavelmente é menos um local de trabalho para nós. Belo Horizonte já está crivada
de leis que nos prejudicam: lei do silêncio, exigência de alvará para o bar ter música ao vivo... Se continuar assim , brevemente nós, músicos de pequeno porte (não por talento), estaremos sem local nenhum para trabalhar.
Bueno, depois deste depoimento, cabe a classe musical, que já foi taxada de umbigista, a conscientização de que representamos boa parte da economia mundial. Vamos lá...